Confira as 13 músicas ideais para o seu agito (ou pesadelo) de Halloween!
Parte da galera que adora botar um terror quando o assunto é Halloween |
13º) Taylor Swift – Look What You Made Me Do
Esqueça a menina dos cachos
dourados que tocava melodias deprê-românticas em um violão há 10 anos. Ela
cresceu e fez fama e fortuna na indústria da música pop. Em 2017, ressurgiu com
sangue nos olhos (ou na voz?), vingativa. Taylor Swift é uma das maiores popstars
da atualidade. A moça é uma hitmaker: tudo o que ela lança, repercute e gera
cifras milionárias (lógico!). E com o single inaugural da era “Reputation” –
com lançamento prometido para novembro - não foi diferente.
Então é clichê dizer que a
música foi bem nas paradas musicais e que vendeu bastante e blá, blá, blá... “Look
What You Made Me Do” traz uma Taylor mais sanguinária, disposta a acertar
contas com quem pisou e esmagou o seu calo (swifties, façam o bolão de vocês).
Aquela menina, que bancava a santinha apaixonada e retraída deu lugar a uma
mulher fatal e cheia de atitude. Agora, vê-se uma Taylor mais dark.
O videoclipe da canção tem
um início emblemático: como uma zumbi, a cantora volta do mundo dos mortos para
defender a sua reputação. É como se ela estivesse levando a missão até as
últimas consequências. Aliás, a sonoridade da música é soturna e dramática.
Veja e ouça o material e verá, de fato, que a velha Taylor morreu.
12º)
Elvira – Here I’am
A “Rainha das Trevas”,
interpretada pela americana Cassandra Peterson no filme de 1988, perpetuou o
imaginário de uma geração de brasileiros que a assistia na “Sessão da Tarde”.
Diga-se de passagem, os tarados de plantão, marcados pela famosa “dança dos
peitos”, ou então “peitocópteros” (ALGUÉM ME EXPLICA COMO ELA FAZ AQUILO?). Com
o penteado extravagante, os vestidos hiperdecotados e uma maquiagem bem dark,
Elvira se consagrou como ícone cult do cinema pop trash e inspira fãs durante
as comemorações de Halloween em várias partes do mundo – especialmente na Terra
do Tio Sam.
Mais do que atuar, Elvira também
solta a voz. No filme, ela dá uma palhinha como cantora em um número musical: “Here
I’am”. Recheada de sensualidade e numa vibe vamp, a personagem realiza uma
apresentação cercada por bailarinos trajados como “diabinhos”. Mas, sem sombra
de dúvidas, o momento mais aguardado da performance é a já referida dança dos
peitos – tida como o “gran finale”.
Aqui, a aposta não é
necessariamente o terror, mas sim o humor. Mesmo que seja um filme incluído na
categoria de “assustador”, a comicidade e a surrealidade das cenas são as
características sobressalentes. Sobre a música, especificamente, ela pode se encontrada na coletânea "Elvira´s Gravest Hits" (2010). Vale a pena
animar a festinha com um som retrô. Ainda mais se vier de uma personagem
icônica como a Elvira.
11º)
Marilyn Manson - This is Halloween
O título ajuda – e muito - na
decodificação da mensagem da canção, criada para o filme animado “O Estranho
Mundo de Jack” (1993), da Disney. O excêntrico roqueiro fica menos sombrio ao interpretar
vozes de diferentes personagens infantojuvenis (sombras, abóboras, fantasmas,
vampiros etc.), habitantes da fictícia cidade de Halloween. Manson descreve os
preparativos para o Dia das Bruxas.
Embora a canção seja sobre
Halloween, ela soa divertida e bem ao estilo dos musicais. É bem sugestiva para
tocar em uma festa de Dia das Bruxas cujo público majoritário sejam crianças.
10º)
Sepultura – R.I.P. (Rest in Pain)
A canção de 1987, influenciada
pelo thrash metal e presente no álbum “Schizophrenia”, é marcada pela temática
mórbida. Fala-se de alguém que morre com dor e remorso do mundo. O som pesado da guitarra de Andreas Kisser,
junto a estrondosa voz de Max Cavalera, é o que dita o estado de êxtase da
canção. É o tipo de música que emociona qualquer metaleiro raiz.
9º)
Sharon Needles – Dracula
A drag queen vencedora da
quarta temporada do reality “RuPaul´s Drag Race” é, esteticamente, underground.
Diferentemente de suas companheiras fashionistas e pop, Sharon flerta com os
movimentos dark wave e punk. Isso é o suficiente para que a transformista crie
um submundo subversivo e, porque não, horrendo.
“Dracula” é uma amostra
desse universo. O primeiro single do álbum “Taxidermy” (2015) mergulha de
braçada no clima de Halloween. Aliás, o lançamento do clipe ocorreu durante o
Dia das Bruxas. De cara, percebe-se que o vídeo é uma exaltação aos famosos
vampiros do cinema, como “Os Garotos Perdidos” e “Drácula de Bram Stocker”. As
cenas são tipicamente vampirescas. Além da ambientação e dos visuais da artista,
outro ponto a favor do clipe são os efeitos especiais – feitos sob capricho.
A canção descreve uma
paixão arrebatadora, na qual duas pessoas se perdem loucamente. O onipresente e
sedento refrão “Dra-cu-la” dá a noção de vocativo. Sharon convida o crush para
dar uma mordida e, além disso, pede para ser tratada como um pedaço de carne.
Ou seja, a cantora quer se sentir seduzida por um “vampiro”.
8º)
Ramones – Pet Sematary
A música foi composta
especialmente para o filme homônimo (“Cemitério Maldito”, em português) de
Stephen King, de 1989. Ela está contida no álbum “Brain Drain”. O clipe, além
de mostrar os integrantes da banda em um cemitério, intercala cenas do longa – que
mostra a rotina de uma família vizinha a um cemitério índio, que tem o poder de
ressuscitar tudo o que é enterrado ali . Já a letra da canção é um relato de
uma ressurreição de criaturas vindas do além, como duendes, guerreiros,
espíritos e esqueletos.
7º)
Slipknot – Psychosocial
Já no começo da música, as frenéticas
cordas da guitarra e as batidas do baixo aludem a uma sensação de perturbação. Isso
sem falar da voz absurdamente ensurdecedora do vocalista Corey Taylor – que pode
assustar um desavisado que não esteja acostumado ao estilo metal da banda. Oriundo
do álbum “All Hope is Gone” (2008), o single de sonoridade nervosa discute a
ansiedade social. Ou melhor, as relações sociais sob uma perspectiva mental –
eis a definição de psicossocial. É sobre “cumprir a pena e querer sair”.
Inflamável é um adjetivo
ideal para definir o vídeo da música. Filmado na Jamaica, o clipe se passa em
um terreno em chamas. Imagens aéreas mostram a presença de um eneagrama,
principal símbolo do grupo. Além do mais, são mostradas máscaras gigantes sendo
queimadas. Em uma entrevista, o guitarrista Jim Root alegou que a queima das
máscaras é simbólica, pois as mesmas representam o ego da banda americana.
6º)
Nicki Minaj – Roman Holiday
Se não for pra causar, a
rapper nem sai de casa. No Grammy de 2012, onde a artista cantou a música pela
primeira vez, ela chocou (e incomodou) com uma performance bastante polêmica e
que pipocou na imprensa. Em cena, Nicki Minaj promoveu o exorcismo de seu
alter-ego masculino gay, Roman Zolanski, e ainda “levitou” no encerramento da
apresentação. A performance contou com a participação de um suposto
“padre”, responsável pela simulação do ato de expurgação espiritual. Na época,
grupos religiosos dos Estados Unidos qualificaram o show como blasfêmico e
controverso.
“Roman Holiday” é o single que
iniciou a divulgação do álbum “Pink Friday: Roman Reloaded” (2012). De maneira
geral, foi bem recepcionado pela crítica especializada. Também apareceu em
tabelas musicais da Billboard, como a R&B /Hip-Hop Digital Songs (#29) e a
Rap Digital Songs (#31). Com uma perspectiva teatral, à la ópera, a música tem
efeitos sonoros que ajudam na criação de uma ambiente fantasmagórico, desde o som
de chocalho até o batuque de tambor. Isso sem falar da marcante variação de
vozes que a rapper faz. Além de Roman, cuja voz remete a um estado de possessão
demoníaca, Nicki ainda assume a voz da mãe do exorcizado, Martha Zolanski
(outro alter-ego), durante o refrão.
Enquanto Martha clama
aceleradamente em versos desesperados, dizendo que Roman precisa “descansar,
tirar umas férias”, o filho não quer saber disso. Roman se revela um personagem
rebelde, obsessivo e violento – disparando palavrões e xingamentos sem fim em
boa parte da canção. Ou seja, comportamento típico de quem passa por uma sessão
exorcista.
5º)
Ozzy Osbourne – Mr. Crowley
É do feitio do “Príncipe das
Trevas”, um dos precursores do heavy metal, se aventurar pelo universo do
ocultismo. Além do mais, Osbourne já foi protagonista de cenas bizarras, como
por exemplo, quando comeu um morcego vivo durante um show, em 1981, em Iowa
(EUA). Loucura, loucura!
Material do álbum “Blizzard
of Ozz” (1980), a canção surgiu como crítica explícita ao famoso e influente ocultista
inglês Aleister Crowley (1875-1947), fundador da doutrina Thelema. Os minutos
iniciais da faixa, nos quais predominam a execução fúnebre de um órgão, levam o
ouvinte a uma viagem transcendental rumo ao universo ocultista. Nos mais de
cinco minutos de duração da faixa, o rockstar questiona os poderes ocultos do
então mago. Entende-se que Osbourne desenha o retrato de um “charlatão”. Versos
como “You fooled all the people with
Magic” e “Mr. Charming, did you think you were pure” dão a ideia da descrença
do cantor em relação às atividades esotéricas de Crowley.
4º)
Lady Gaga – Bloody Mary
Em 2011, Gaga abalou as
estruturas da música pop com o
icônico álbum “Born This Way”. Na tracklist,
estava a dramática “Bloody Mary”. Todavia, a música não ganhou o status de single, e muito menos, um clipe. Uma
injustiça, na visão dos “little monsters”.
Mas um grupo de estudantes da faculdade Belas Artes, de São Paulo, se imbuiu da
missão de salvar a honra da canção. Por conta própria, os jovens produziram um
clipe não-oficial (veja mais abaixo), com direito a cenas mórbidas e sádicas –
bem à maneira Gaga.
A narrativa de “Bloody Mary”
está envolta em uma aura gótica e sacra, beirando a tragédia. A sonoridade é
lenta e ainda conta com um coro de vozes masculinas no estilo gregoriano. Na
música, Gaga utiliza referências religiosas, como a menção a Pôncio Pilatos e a
crucificação de Jesus Cristo. Embora o título da canção aluda à famosa lenda
urbana dos Estados Unidos, “Bloody Mary” (“Maria Sangrenta” em português) pode
ser entendida como uma metáfora para a representação da figura bíblica de Maria
Madalena. Uma das interpretações é de que “bloody”
represente o sofrimento e angústia de Maria Madalena ao ver Cristo sendo
crucificado. Outra versão diz que o significado de “bloody” é de maldita, indesejável. Ou seja, com a morte de Cristo,
Maria Madalena voltaria a ser só uma prostituta. Isso sem falar que, além da
personagem bíblica, a artista contou que a música foi inspirada no seu carro,
um Rolls Royce vermelho-sangue. Profundo, não?
3º)
Massive Attack – Angel
A faixa é o terceiro single da banda britânica de trip hop, extraído álbum do “Mezzanine”,
de 1998. Os primeiros minutos da música, por si só, são sombrios. Eles trazem
uma batida tensa, premonitória. É como se o ouvinte estivesse numa situação de
suspense, a caminho do desconhecido. Além do mais, é interessante perceber a
promoção de uma batalha antitética. Ritmicamente, a canção imerge em
obscuridade. No entanto, a letra fala de alguém com uma beleza angelical,
hipnotizante – mas cujo olhar está “no lado escuro”. Ou seja, é uma espécie de
anjo exterminador, que aparenta inocência, mas tem um poder de sedução
provocante e tentador. O clipe da canção, que evoca suspense, mostra o
vocalista Daddy G sendo intimidado e perseguido por integrantes da banda e
figurantes.
Vale lembrar que a música
ganhou fama no Brasil em 2015, após se tornar tema de abertura da novela global
“Verdades Secretas”. Na trama, a atriz Camila Queiroz viveu a personagem
Arlete, que ao se tornar modelo virou Angel (o resto vocês já sabem, né?)
2º)
Iron Maiden – The Number of The Beast
O sétimo single, homônimo ao
álbum, é fruto de um pesadelo do criador da banda, Steve Harris. Quando foi
lançada em 1982 junto ao álbum, a canção fez com que o conjunto de heavy metal
britânico fosse malvisto nos Estados Unidos.
As acusações eram de que a banda promovia o satanismo. A boataria fez
com que o próprio Harris viesse a público desmentir tal fato. Segundo o
empresário, “The Number of The Beast” aborda a narração de um pesadelo, ou
seja, longe de ser uma adoração ao Satanás.
Seja lá o que for, o
videoclipe ainda sim tem uma atmosfera macabra. Logo nos primeiros minutos, é
possível ver uma espécie de lobisomem perambulando por um cemitério. Além
disso, o material apresenta cenas clássicas de filmes de terror, como
“Nosferatu”, “The Crimson Ghost” e “Godzilla”. Outro detalhe é que a introdução
da música é um trecho extraído da Bíblia, mais precisamente do livro de
Apocalipse (12:12) e (13:18). É nessa parte do livro religioso que se encontra
a descrição do número 666 como o número da besta - daí o título da canção. O
mesmo documento faz um retrato falado do monstro, que é chamado de Anticristo
pelos estudiosos bíblicos. Ainda segundo a Bíblia, a besta que viria ao mundo
para dominá-lo e disseminar dor tem uma aparência de dragão, chifres de
cordeiro, poderes maléficos e um perfil ameaçador e violento.
1º)
Michael Jackson – Thriller
Seria um crime inafiançável
deixar esse clássico musical do terror de fora. O último single do álbum
homônimo foi lançado em 1984. No entanto, o efeito alucinógeno que ele causa é
atemporal. A música é carimbada
internacionalmente. No videoclipe, o Rei do Pop não decepcionou. Fez bonito e
deixou a sua marca. Tido como o maior videoclipe de todos os tempos, “Thriller”
tem duração de mais de 13 minutos! Fica até desnecessário descrevê-lo, uma vez
que ele é um símbolo evidente no mundo do entretenimento.
A letra da música é
genuinamente assustadora. Fala de apuros que é vivenciar uma noite de terror,
com direito a descrições horripilantes de seres que não são desse mundo. Enfim,
uma pessoa que desconhece um hino desses não merece nem estar lendo isso
daqui...
E aí ? Gostou da lista? Tem
sugestões? Então me conte nos comentários!
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